Portugueses defendem mais restrições na mobilidade urbana e exclusividade de ruas para peões

Dados revelam que 71% dos portugueses consideram que o estacionamento e tráfego dentro das grandes cidades deveriam ter mais restrições, assim como deveriam existir mais ruas totalmente dedicadas aos peões

69% defende, também, a necessidade de maior necessidade da integração dos transportes públicos para uma mobilidade mais partilhada 

A pressão do tráfego sobre as cidades, o aumento dos impactos ambientais nos centros urbanos e o stress crescente entre os condutores abrem o debate sobre qual o futuro da mobilidade urbana e como podem as cidades ser mais habitáveis e amigas dos seus residentes.

Num estudo levado a cabo pela EasyPark entre condutores portugueses, um dos principais destaques dos inquiridos para os próximos 10 anos foi o aumento das restrições à circulação nos grandes centros urbanos, mas também que as deslocações partilhadas se tornem uma prática corrente entre os viajantes.

71% dos inquiridos concordam com as restrições tanto ao estacionamento como ao tráfego dentro de algumas cidades, como são os centros urbanos de Lisboa e Porto, assim como uma crescente necessidade de existirem mais ruas dedicadas exclusivamente aos peões. De facto, apenas 6,7% não concorda com este tipo de medidas e limitações à condução.

Simultaneamente, os dados revelam que práticas como a mobilidade partilhada, acompanhada por uma maior integração com os transportes públicos, se tornarão uma realidade dentro dos próximos anos. Ainda que nestes dados 21% não tenham opinião definida, e 4,1% considerem que não será possível aplicar a partilha de viagens  nem a combinação das suas deslocações com os transportes públicos.

“O futuro da mobilidade urbana é uma preocupação constante quando verificamos a pressão que as cidades e os condutores sofrem diariamente. Os dados recolhidos não apenas nos mostram como podemos planificar o futuro ordenamento do território, como também como será possível integrar as necessidades dos condutores e residentes com a infraestrutura existente ou a construir.”,comenta Jennifer Amador Tavares de Sousa, Diretora para Portugal e Espanha da Arrive. “Estas preocupações com a mobilidade urbana são algo que todos temos em comum: municípios, operadores, fornecedores e condutores. Com o aproximar de períodos tão sensíveis e determinantes como são as eleições autárquicas, queremos reforçar que estamos ao lado das cidades e dos seus munícipes para desenvolver estratégias que ajudem a colmatar estas preocupações e a construir cidades ainda mais habitáveis e sustentáveis.”, concluiu.

Os dados de 2025 vão ao encontro de estudos anteriores realizados pela EasyPark entre os condutores portugueses. Já em 2023/2024, 76,8% dos inquiridos demonstraram uma clara preocupação com a mobilidade urbana. Os dados revelavam, ainda, uma disponibilidade crescente de optar por meios de transporte alternativos de forma a melhorar a mobilidade nas cidades – com 66,4% dos condutores a definirem esta como uma estratégia pessoal para contribuir para a mobilidade do futuro.

As tendências observadas permitem compreender que o futuro da mobilidade é uma das principais preocupações dos habitantes dos grandes centros urbanos.

Informação de dados

Os dados constantes desta informação são fruto de um questionário realizado pela EasyPark a condutores portugueses com 18 anos ou mais em todo o território nacional.