O céu de julho de 2025

Depois de nos ter deixado, ao anoitecer, a meio de junho, eis que o planeta Júpiter volta a aparecer, depois de “dar a volta”. Atravessou o céu para o “outro lado” do Sol e reaparece agora, ao amanhecer, a partir do meio de julho.

Quanto a Mercúrio, aproveitem para o ver ao anoitecer enquanto podem, pois a meio do mês, volta a cruzar o Sol. Vai demorar cerca de um mês até passar para o “outro lado” da nossa estrela, reaparecendo ao amanhecer, lá para meio de agosto.

Já o planeta Marte vai continuar a ver-se ao anoitecer, embora apareça cada vez mais baixo. No dia 31, ao anoitecer, este planeta estará apenas 15 graus acima do horizonte.

Saturno vai nascendo um bocadinho mais cedo a cada diz que passa, o que quer dizer que se vê cada vez mais tempo. No início deste mês o planeta só nascia por volta da 01h30, mas no final de julho, o planeta já está a nascer às 23h30.

Quanto a Vénus, a “super-estrela” visível ao amanhecer, vai continuar a nascer por volta das 04h00 durante todo o mês.

E depois dos planetas, falta saber por onde anda o nosso satélite. Dia 10 é dia de lua cheia e dia 16, o nosso satélite passa a cerca de 3 graus do planeta Saturno. Dois dias depois, atinge a fase de quarto minguante.

No dia 22, a Lua está a 8 graus de Vénus (e 13 graus de Júpiter) e no dia 23, um finíssimo minguante passa a apenas 4 graus de Júpiter. Dia 24 é dia de lua nova e no dia 28, um fino crescente da Lua passa a 2 graus de Marte.

No dia 31, ocorre o máximo da “chuva” de meteoros das Delta Aquáridas do Sul. Esta é uma “chuva” que se vê melhor do hemisfério Sul, mas ainda assim poderá dar um bom espetáculo no hemisfério Norte. Esta “chuva”, que tem previsão de cerca de 25 meteoros por hora (em céus escuros), deve o seu nome ao facto do radiante (ponto de onde parecem emanar os meteoros) se situar muito perto da estrela δ (delta) da constelação do Aquário, que nasce por volta da meia-noite.

Boas observações.

Ricardo Cardoso Reis (Planetário do Porto e Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço)