Cyberbullying preocupa cada vez mais pais e educadores portugueses

Com o alerta recente das Nações Unidas sobre o uso de telemóveis nas escolas, cresce em Portugal a inquietação em torno do cyberbullying, sobretudo entre pais, professores e especialistas em educação.

Um estudo divulgado pelo Grupo de Trabalho de Combate ao Bullying em Escolas revela que 6,1% dos jovens entre os 11 e os 18 anos já foram vítimas de cyberbullying, 5,7% testemunharam situações do género, e 0,8% assumiram ter sido agressores. A faixa etária acima dos 15 anos é a mais envolvida tanto enquanto vítimas como enquanto agressores.

Embora Portugal esteja abaixo da média da OCDE — situada nos 7% — o fenómeno continua a preocupar especialistas, que alertam para os riscos do acesso precoce e descontrolado à tecnologia.

Jorge Álvarez, CEO da SaveFamily, defende uma abordagem educativa e preventiva: “Proibir não chega. É necessário adiar o acesso aos telemóveis, por exemplo até aos 16 anos, e investir na sensibilização para o uso equilibrado e responsável destes dispositivos.”

A SaveFamily propõe alternativas tecnológicas seguras, com funcionalidades de controlo parental e modos de concentração escolar, apostando num modelo que promova uma relação mais saudável entre os jovens e o digital.